A Bahia terá um novo complexo industrial com o objetivo de
atender a crescente demanda da indústria de óleo e gás do pré-sal e do pós-sal
e a revitalização da indústria naval na Baía de Todos-os-Santos. Denominado
Polo 2 de julho, o complexo será implantado no município de Maragojipe, no
Recôncavo, a cerca de 130 quilômetros de Salvador, dando suporte ao Estaleiro
Enseada do Paraguaçu (EEP).
Assinado nesta terça-feira (26), na Governadoria, Centro Administrativo da
Bahia, o protocolo de intenções entre o Governo da Bahia, o EEP e as empresas
ASK, OAS, Odebrecht e UTC prevê investimentos de R$ 2 bilhões na implantação do
empreendimento que deve gerar 8 mil empregos diretos e 12 mil indiretos.
“Queremos que parte dos itens de uma plataforma de petróleo, de preferência os
que possuem mais tecnologia acoplada, possam ser produzidos aqui e, com isso,
agregar valor à Bahia, melhorar a competitividade do estaleiro baiano e
aumentar a geração de empregos e riquezas”, disse o governador Jaques Wagner,
ao assinar o protocolo, junto com representantes das empresas, dos secretários
estaduais da Casa Civil, Rui Costa, do Planejamento, José Sérgio Gabrielli, do
Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, e de Comunicação,
Robinson Almeida.
De acordo com o protocolo, o Estado assumirá obrigações de fornecer a
infraestrutura externa necessária para o desenvolvimento das atividades do
polo, como água, esgoto, acesso e, ainda, benefícios fiscais para as empresas
investidoras no Polo 2 de Julho.
Infraestrutura e logística
As empresas que se instalarão no complexo serão forjarias, fundições,
indústrias de metal-mecânica, sistemas e fornecedores, produzindo módulos de
acomodação naval, de processo de tratamento e outros, voltadas para o EEP.
Projetado como um condomínio industrial, o pólo disponibilizará de
infraestrutura e logística com locação de galpões pátios, além de rodovia e
ferrovia expressas com um terminal distante apenas 7 quilômetros do Porto de
São Roque do Paraguaçu.
O local escolhido para instalar o empreendimento corresponde a uma área de 400
hectares que fica a 10 quilômetros do EEP. A localização estratégica permite
condições favoráveis ao transporte de peças e componentes, o que segundo o
diretor da ASK Capital, Carlos Castro, garante vantagens competitivas ao pólo
produtivo. “A proximidade dos estaleiros e do mar cria oportunidades
extraordinárias para que o pólo se insira na cadeia de fornecimentos do setor”.
Também estão previstos expansões com áreas comerciais, hotéis, áreas
residenciais para trabalhadores, além de programas de capacitação de mão de
obra através de convênios com escolas técnicas, Senai e ministério da Educação
(MEC). (Gov-BA-
/ Foto:Manu Dias)
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