A 44ª edição da Regata Aratu-Maragoipe, etapa do campeonato baiano de
vela, foi bastante peculiar: pela primeira vez em anos, a prova, que percorre
uma distância de 33 milhas náuticas ou aproximadamente 60 km, ocorreu sob chuva
e os ventos, responsáveis por direcionar as embarcações, também não agradaram
aos competidores. Para compensar, um belo visual se formou a noite, no píer da
ponte do Caijá, com as embarcações iluminando as águas do Rio Paraguaçu.
A competição, que reuniu 25 modalidades de veleiros de oceano e cerca
de 1.300 velejadores de 12 estados do Brasil, é a maior e mais tradicional
regata do tipo percurso do país. A competição teve início às 10 horas da manhã
na Base Naval de Aratu, ainda na Bahia de Todos os Santos e nas primeiras horas
da tarde, alguns resultados começaram a ser definidos, no Rio Paraguaçu.
“A chuva atrapalha o visual, as operações de embarque e desembarque,
mas a prova acontece a todo risco”, comentou Everton Fróes, presidente da Via
Nautica, entidade responsável pela organização da prova. A competição, segundo
os organizadores, também incentiva o turismo náutico na Bahia.
Para o sucesso da competição e a confraternização entre atletas, após
a prova, a Prefeitura de Maragojipe cedeu toda estrutura e o espaço para
premiação e a recepção dos velejadores, que aconteceu no Mercado do Caijá. “A
Via Náutica nos brinda com essa regata e o povo de Maragojipe sabe como
recebê-la”, disse o secretário de Cultura e Turismo, Hernani Mercês de
Oliveira.
No momento da premiação, muita alegria e comemoração no palco
instalado no centro da Praça João Primo Guerreiro. A prefeita Vera Lúcia dos
Santos, recebeu uma placa como homenagem da organização da Regata
Aratu-Maragojipe e também entregou troféus aos vencedores de diversas
modalidades.
Com 15 anos de experiência no mar, Marcos Mascarenhas, 57, sagrou-se
pentacampeão da classe RGS Cruzeiro A, que reúne as maiores embarcações. “O
cruzeiro é mais pesado, o que torna a navegação mais difícil, exigindo bastante
atenção. O que torna a regata bela é a mistura de oceano com rio, que tem uma
navegação específica”, disse o velejador.
Para o representante da Via Náutica, Marcelo Fróes, essa mistura entre
rio e mar torna a regata única no mundo. “Foi uma edição atípica, com índice de
chuva além do esperado e ventos fracos”, comentou.
Fonte: Ascom / Maragojipe
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