10 de maio de 2013

Prefeita de Maragogipe Vera da Saúde afirma que herdou débito de 43 milhões ao INSS e muitas irregularidades


Na Sessão Solene do 163º aniversário da cidade de Maragogipe ocorrida na Câmara de Vereadores do município, a Prefeita de Maragogipe, Vera Lúcia Maria dos Santos (PMDB) fez um balanço dos últimos 120 dias do seu governo, além de parabenizar os maragogipanos e o município.
A prefeita afirmou que passou por muitas dificuldades ao assumir devido a ausência da transição de governo. "O fato de não ter acontecido a transição de governo, que nos deixaria a par da realidade da situação da prefeitura, teria evitado muita tristeza e constrangimento" falou a prefeita.

Em seu discurso, a prefeita prestou contas a população salientando logo no início do seu discurso um débito em torno de 43 milhões junto ao INSS - uma herança que assusta qualquer cidadão. Sendo que parte deste débito, também pertence a Casa Legislativa. Ela continuou afirmando que o


"município está inadimplente junto ao governo federal e estadual, o que está retardando a obtenção de recursos. Vários convênios sem prestar contas, débitos em instituições financeiras, débitos em várias concessionárias de serviços públicos e por conta destes débitos é que nós temos muitas dificuldades".

Sobre ao Projeto da Petrobrás Maragojipegeo que visa aumentar a capacidade e eficácia do Município na gestão físico-territorial, sendo possível monitorar as construções e controlar a expansão geográfica do município, a prefeita falou que teve auditoria na Petrobrás, pois o convênio foi firmado na gestão passada está cheio de irregularidades e não existe prestação de contas. A prefeita acusou a empresa de pressioná-la para assinar todo o convênio, inclusive, dos atos não prestados sob a responsabilidade do governo dela. E aí ela perguntou:


"Como a comunidade e os nossos amigos maragogipanos vão entender? Será que vou ser obrigada a responder por prestação de contas de um convênio de 5 milhões do Maragojipegeo? E nessa prestação de contas, no contrato indicava que a pessoa poderia receber um valor de 200 mil e não constava o nome da pessoa que recebeu. Como que a pessoa viajou tantas viagens de avião para Maragogipe e lá não consta o nome destas pessoas que receberam e que gastou este recurso?"
A prefeita afirmou que disse na Petrobrás que só assinava este contrato, se a empresa e a PUC mudassem o contrato e ela pudesse prestar contas somente dos valores gastos sob sua responsabilidade.

No discurso, a prefeita ainda falou da greve e acusou alguns representantes sindicalistas que segundo ela, não tiveram consideração com a gestão e invadiram seu gabinete e acusou os blogueiros de utilização da greve para atrair público, descrevendo em postagens que não houve reuniões com os sindicalistas. A prefeita afirmou que houve reuniões com os sindicalistas sim, e o Projeto de Lei que foi acertado anteriormente, é o mesmo que foi discutido e aprovado na frente da justiça. A prefeita ainda lembrou que ela está de passagem e os servidores continuarão, pediu compreensão e disse que daria a todos o que é de direito delas, inclusive, convidou o vereador Neto do PT, dizendo que está de portas abertas para todos os vereadores.


A chefe do executivo falou que finalmente o município fechou o acordo com a Santa Casa de Misericórdia, processo que se arrastava a anos, e aproveitou para falar da reforma do Prédio da Santa Casa, assim como do terreno da Suerdieck que está ao lado da Câmara onde será construído a sede da Prefeitura de Maragogipe. Lembrou que os recursos que serão investidos nestas reformas, incluindo da Igreja da Matriz, são do programa PAC Cidades Históricas.


A prefeita disse que conseguiu reabrir duas Unidades Básicas de Saúde, obras reinauguradas no dia 08 de maio, mas lembrou que a reforma era um recurso da gestão passada. Lembrou da instalação do programa Pacto Pela Vida.


Vera da Saúde continuou seu discurso mandando brasa na falta de compromisso da gestão anterior com o povo. Falou da construção casas populares de Capanema e Ponta de Souza, assim como da reforma de 14 casas desta última localidade. Ela lembrou que estas 14 casas estavam cinco anos paralisadas, e que precisou ir na CONDER negociar a liberação. Falou da ambulância que estava presa na Polícia Rodoviária Federal que foi, finalmente, liberada pela atual gestão.


Falou dos carros comprados para a saúde com recursos próprios da prefeitura de Maragogipe. Falou de diversas reformas de postos de saúde na zona rural, mas lembrou que alguns postos ainda permanecem em casa de aluguel e de algumas pavimentações de ruas, estabelecendo compromisso de entregar a Rua ACM calçada até o São João.


A prefeita agradeceu a todos e finalizou o seu discurso. Logo em seguida, foi inaugurar os dois postos de saúde e uma praça.

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