A Bahiatursa divulgou a relação dos 77 municípios
contemplados que vão dividir os R$ 3,86 milhões para a realização de festas
juninas pelo Projeto São João 2013 (Veja
AQUI), e o município de Maragogipe que em anos anteriores recebeu a verba,
está fora.
Fico a imaginar os motivos desta exclusão, visto que 55 cidades que estão em
"Situação de Emergência" foram contempladas, ou seja, não podemos
usar desta situação para dizer que o município não foi contemplado.
Será que foi por motivos políticos, visto que o PT perdeu às eleições
municipais? Todavia, o PMDB é aliado do PT no nível nacional. Outro ponto a
questionar.
Será que foi porque a gestão não enviou o projeto em tempo? Perguntas e mais
perguntas são feitas a todo momento. Fico a imaginar o quanto Maragogipe pode
perder com isso, mesmo assim, a população espera que a Prefeitura busque
verbas, outros patrocinadores, além de parceiros para a realização da festa
junina.
Uma coisa é certa. Tem um motivo para isso e precisamos descobrir.
Bem, pelo menos eu entendia que um município em "Situação de
Emergência" não deveria se preocupar com estas questões, mas leia a
explicação de Domingos Leonelli e tente se convencer:
Matéria do A Tarde
A Empresa de Turismo da Bahia (Bahiatursa) divulgou a relação dos 77 municípios
que vão dividir os R$ 3,86 milhões para a realização de festas juninas pelo
Projeto São João 2013. Entre as contempladas estão 55 cidades na lista de
“situação de emergência” provocada pela seca da Coordenação de Defesa Civil do
Estado (Cordec). Os municípios em dificuldades vão receber um total de R$ 2,5
milhões do Estado para realizar a festa. De acordo com um levantamento do A
TARDE, com base em contratos emergenciais para a distribuição de água que
constam no Diário Oficial do Estado (DO), os recursos direcionados ao São João
seriam suficientes para garantir o pagamento das diárias de quatro carros-pipas
durante 30 dias para as 55 cidades.
O secretário do Turismo e presidente da Bahiatursa, Domingos Leonelli, defende
a realização da festa nas cidades atingidas pela seca. ”O São João é um momento
de festa que nós enxergamos como economicamente positivo. Imagine o povo que já
está sofrendo com a seca ser privado de toda a movimentação que a festa gera
não apenas para a grande indústria e o grande comércio, mas para a economia
informal”, diz. O secretário diz que no período das festas juninas, mais de 500
mil pessoas saem da capital rumo ao interior. ”Isso movimenta uma imensa
cadeia, que passa por bebidas, comida, vestuário e até hospedagem, porque
muitas casas são transformadas em pousadas”, destaca.
Segundo ele, a divisão dos recursos foi feita com base na avaliação de uma
comissão com representantes das secretarias de Relações Institucionais (Serin),
Cultura (Secult), Comunicação (Secom), Casa Civil e Turismo (Setur), além de
representantes da Bahiatursa. Este ano, o volume para a realização das festas
aumentou 36% em relação ao ano passado, quando o Estado disponibilizou R$ 2,8
milhões para 62 municípios. Cuidado com as contas – O presidente do Tribunal de
Contas dos Municípios (TCM), Paulo Maracajá, acredita que não há nada de errado
nos municípios atingidos pela seca receberem recursos do Estado para realizar
as festas juninas. Mas ressalta: “É preciso ter cuidado com os gastos dos
cofres dos municípios”. De acordo com Maracajá, as 22 inspetorias regionais do
TCM estarão atentas aos gastos “que não forem razoáveis” feitos pelas
prefeituras.
O que não é razoável? “Não é razoável que um prefeito veja a população passando
necessidade por conta da seca, às vezes sem recursos para pagar a folha, e
gaste R$ 200 mil ou R$ 300 mil com a contratação de artistas”, diz. Nestes
casos, o presidente do TCM diz que os prefeitos terão que ressarcir a cidade. A
reportagem tentou falar com a presidente da União dos Municípios da Bahia
(UPB), Maria Quitéria Mendes, mas ela não retornou o contato até o fechamento
desta edição. De acordo com matéria publicada no site da UPB, a prefeita estava
em Brasília buscando recursos para cidades atingidas pela seca.
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