Um desses impactos
foi apontado pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que lembrou os
transtornos no trânsito que a ponte pode trazer para a cidade. “Isso precisa
ser visto com muita cautela, pois seria um novo vetor de entrada de carros e de
saída”, disse. No entanto, garantiu que apoiará o governo do Estado. “Por outro
lado haverá um benefício na Cidade Baixa e integração entre Salvador e o
Recôncavo Baiano. Eu reconheço o esforço e empenho do governo e garanto que a
prefeitura estará disponível para a construção da ponte”, assegura. Sem
qualquer sinal de discordância, o governador Jaques Wagner lembrou ao público
após a fala do prefeito, que a Via Bahia seria uma forma de controle desse
fluxo intenso no trânsito de Salvador. “Um looping poderia ser criado em
Salvador ligando a ponte até o Retiro, que é uma área mais industrial e de
dispersão”, afirma.
Fora ACM Neto, os
outros prefeitos Raimundo Nonato (Itaparica), Arandas (Jaguaripe) e Magno (Vera
Cruz) não fizeram qualquer objeção. Reconheceram os desafios que serão
enfrentados pelo governador e elogiaram a sua coragem. O prefeito Arandas (PR)
chegou a fazer um apelo. “Peço ao senhor, governador, que não desista do
projeto. Vai ser difícil, mas insisto que não desista e siga em frente com a
ponte”, pediu. Raimundo Nonato (PSD), de Itaparica, se lembrou das pessoas que
são contra ao projeto, sem citar nomes. “Dizem que vai ser ruim porque somos
uma ilha com praias paradisíacas e que o crescimento desgovernado não seria
bom, mas não há outra opção. Espero que consigamos levantar essa ponte em tempo
recorde”, disse.
Fechando a cerimônia
com a assinatura de Cooperação, o governador agradeceu aos presentes. “Essa
assinatura não é o começo. Estamos estudando essa ponte desde 2009. Mas essa
fase é fundamental para a população e as gestões desses três municípios. É um
marco do envolvimento de todos e a preocupação é bem-vinda”, disse o
governador, que citou o início da construção da Avenida Paralela. “No início as
pessoas não queriam nem trafegar na via porque era muito deserta. Hoje, todos
sabem o que a Paralela é. A ponte pode parecer meio futurista agora, mas nosso
pensamento tem que ser daqui a 40 ou 50 anos”, finalizou.
Fonte: Se
Liga Bocão (Bocão News)
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