8 de setembro de 2015

Estaleiro Enseada pode retomar as atividades em Maragogipe

O Estaleiro Enseada pode estar próximo de retomar suas atividades com a possibilidade da Petrobras assinar um contrato de aquisição de 4 sondas para a exploração do pré-sal, diretamente com um grupo japonês liderado pela Kawasaki, que é um dos controladores do estaleiro na região de Maragogipe.

Para que as obras sejam retomadas será necessário que a empresa retome o financiamento do Fundo de Maria Mercante, junto ao Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, no montante de R$ 600 milhões. Esse financiamento ainda não foi equacionado porque, em última análise, os agentes financiadores exigem para a sua efetivação que o contrato com as encomendas das sondas seja assinado.

Na última semana, no entanto, a Petrobras parece ter chegado a um acordo em que assinaria o contrato de aquisição das sondas, sendo que 15 unidades delas serão construídas pela Sete Brasil (5 diretamente, e 10 com outros operadores) e outras quatro sondas serão construídas pela Kawasaki, no Estaleiro Enseada. Inicialmente, o projeto era para a construção de 28 sondas de perfuração em águas ultraprofundas.

“Estamos lutando para superar o atual cenário, tentando viabilizar financiamentos alternativos, mas é preciso que nosso cliente garanta, com senso de urgência, as encomendas que sustentam o primeiro ciclo industrial do estaleiro”, afirmou Fernando Barbosa, Presidente do Estaleiro.

O Estaleiro Enseada estava em plena atividade, quando as obras foram paralisadas e atingiu a marca de 1,7 milhão de homem/hora trabalhada.  A empresa já construiu 65% do topside do navio Ondina, primeira encomenda que deveria ser entregue ao cliente Sete Brasil. 

Depois, já em seu estaleiro próprio, licenciado pelo Ibama, foi iniciada a construção do topside do navio Pituba, segunda encomenda, que atingiu 25% de progresso físico e montados os módulos do topside e a torre de perfuração do navio Ondina, quando então, foi obrigado a paralisar obras, interromper a atividade industrial e desmobilizar 7 mil pessoas.

“No pico das obras éramos 7.200 trabalhadores no canteiro. Se a pleno vapor estivesse, o estaleiro teria hoje, somente aqui na Bahia, 6.191 integrantes. Atualmente somos menos de 300 cuidando da preservação de equipamentos” disse Barbosa.


Fonte: Bocão News

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