8 de março de 2013

A ostra do mangue previne doença coronariana

Alimento muito apreciado na culinária regional, a ostra de mangue (C. rhizophorae) foi tema de estudo científico realizado pela Universidade Federal de Alagoas, onde se constatou que, além do valor nutricional, o consumo do molusco é capaz de reduzir riscos de doenças coronarianas. O benefício da ostra do mangue para a saúde humana foi constatado na dissertação do mestra trado em Nutrição da aluna Jadna Cilene Moreira, sob a orientação da professora Giselda Macena Lira, da Faculdade de Nutrição (Fanut).

A pesquisa, desenvolvida no Laboratório de Bromatologia da Fanut centralizou-se na avaliação da influência da sazonalidade (inverno e verão) sobre o valor nutricional da ostra e constatou  que durante as duas estações do ano, o alimento apresentou baixos teores de colesterol. O que representa fator dietético importante na saúde humana, relacionado à prevenção de doença coronariana aterosclerótica.

Análise científica

A ostra de mangue (C. rhizophorae) consiste em uma espécie estuarina de ocorrência em quase toda costa brasileira. A coleta do molusco para análise científica ocorreu semanalmente durante o verão (de dezembro a março) e o inverno (de junho a setembro), totalizando 40 coletas durante o ano. O trabalho contou com a colaboração dos ostreicultores do município de Barra de São Miguel.
De acordo com a professora Giselda, as análises na ostra de mangue foram realizadas no Laboratório de Bromatologia: composição centesimal (umidade, minerais totais ou cinzas, proteínas, lipídeos e carbohidratos); valor calórico; perfil de ácidos graxos; teor de colesterol e óxidos de colesterol.
Ela acrescenta que dentre os benefícios do molusco para a saúde humana destaca-se a presença dos ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 e ômega 6, por serem  imprescindíveis ao funcionamento adequado do organismo. “Segundo a literatura, a família ômega 3 apresenta importante papel no desenvolvimento e na manutenção de diferentes órgãos, principalmente do cérebro, podendo ser útil na prevenção e no tratamento de diferentes patologias, tais como: distúrbios cardiovasculares, psiquiátricos, neurológicos e dermatológicos”, frisou a professora.
“Além da comprovação científica da ostra de mangue para a saúde humana, o que pode incentivar a sua produção e consumo, os resultados poderão proporcionar uma alternativa para as indústrias pesqueiras no aproveitamento tecnológico deste alimento, agregando valor ao produto com melhoramento de renda dos pescadores artesanais do nosso Estado”, opinou a pesquisadora Giselda Macena.


Fonte: Ufal / Foto: Ilustrativa 

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