12 de março de 2015

Estaleiro Paraguaçu busca apoio da Setre para não naufragar o empreendimento

Um investimento de R$ 2,7 bilhões para construção de um moderno estaleiro em Maragogipe, no Recôncavo Baiano, denominado Estaleiro Paraguaçu, corre risco de naufragar caso a Enseada Indústria Naval S.A, empresa responsável pelo empreendimento, não receba nos próximos dias R$ 600 milhões oriundos de um financiamento já liberado pelo Banco do Brasil (BB), através do Fundo de Marinha Mercante (FMM), mas que continuam retidos.

Diretor de Pessoas, Planejamento, Governança e Tecnologia da Informação, Ricardo Lyra visitou nesta quarta-feira 11, o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Álvaro Gomes, e expôs a situação em retrato preto e branco. “A situação é crítica e está insuportável. Caso não tenhamos novos recursos não temos como continuar em operação”, avalia.

Álvaro Gomes ouviu toda exposição do problema e garantiu total apoio da Setre na luta pela retomada do Estaleiro Paraguaçu. “O impacto da paralisação das obras é muito ruim para o País e, em especial, para a Bahia que tem neste empreendimento um dos seus principais vetores de crescimento nos próximos anos”, avalizou. O dirigente da Enseada ficou satisfeito com o apoio oferecido, e pediu ao secretário que também mobilize os parlamentares baianos, de todas as esferas partidárias, nesta importante cruzada em favor do Estado.

A Enseada é uma empresa brasileira, com governança e gestão próprias, que tem como clientes a Sete Brasil (fabricação de seis sondas de perfuração para o pré-sal) e a Petrobras (conversão, no Rio de Janeiro, de quatro navios VLCCs em FPSOs).

Com a operação “Lava Jato”, que investiga desvios de recursos na estatal brasileira, a Sete Brasil - que tem a participação da Petrobrás e mais seis controladores entre bancos e fundos de pensão – está sem fazer os devidos repasses à indústria naval baiana que, quando entrar em operação regular, terá 3,5 mil empregos permanentes.

Lyra disse ainda que o Fundo de Marinha Mercante (FMM) tem os recursos disponíveis para liberar. “Já tomamos R$1 bilhão, mas nos faltam R$ 600 milhões, que hoje nos daria fôlego suficiente para mantermos o estaleiro em operação. Caso contrário, teremos que demitir funcionários, selecionados pelo SineBahia e capacitados pelo Senai, e que foram treinados na Kawasaki, no Japão”, valoriza o dirigente, que estava acompanhado do gerente de Relações Institucionais, Márcio Cruz.

Para construção do moderno estaleiro em Maragogipe, denominado Estaleiro Paraguaçu, a Enseada Indústria Naval S.A. contratou, em 2012, uma empresa que manteve por meses mais de 3 mil empregados em atividade e já realizou cerca de 82% da construção civil.

Fonte: Ascom Setre
10.03.2015
Lício Ferreira – MTE –Ba 793

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